2012
2012 0 ANO DO GOVERNO DE DEUS
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
sexta-feira, 9 de novembro de 2012
Reforma ou Reavivamento?Parte Final
O sentido estrito de
Reavivamento
Estritamente falando, reavivamento é
algo que acontece unicamente no meio da igreja, pois a própria palavra trata de
tornar vivo aquilo que já vivera antes. Reavivamento é uma palavra da igreja;
ela tem a ver com o povo de Deus. Você não pode reavivar o mundo; ele está
morto em delitos e pecados; você não pode reavivar um cadáver. Mas você pode
revitalizar onde há vida...(6)
Neste sentido, a igreja amortecida e
tristemente doente é a beneficiária direta do reavivamento.
O sentido lato de
Reavivamento
Contudo, falando de um modo mais lato,
o reavivamento é o movimento de Deus no meio do Seu povo, mas que tem um
impacto extremamente positivo na comunidade onde o povo de Deus vive. As
pessoas em geral, nunca dantes interessadas em coisas espirituais, voltam-se
para Deus num ato-resposta de fé à Sua maravilhosa atuação.
Reavivamento é a restauração graciosa
daquele primeiro amor, do entusiasmo do crente pela expansão do reino, do desejo de viver
santamente por amor a Deus, coisas essas que têm sido perdidas na igreja de
Deus no correr dos anos, e também consiste no doar divino de uma disposição
espiritual intensa e extensa àqueles que nunca tiveram qualquer interesse nas
coisas de Deus. Em outras palavras, o reavivamento começa na igreja e termina
na comunidade maior onde ela vive. Os efeitos do reavivamento são muito mais
perceptíveis nas mudanças morais que acontecem na região ou num país onde ele
acontece. Ele não se limita simplesmente aos membros das igrejas atingidas pela
obra de Deus. Ele causa impacto em toda a comunidade onde a igreja de Deus está
inserida.
Caraterísticas de um
Verdadeiro Reavivamento
1. Ênfase na Palavra
de Deus
Um reavivamento que é produto da obra
do Espírito Santo na igreja, certamente tem sua ênfase naquilo que têm
sido esquecido por muito tempo: a Palavra de Deus. A autoridade da Palavra de
Deus passa ser algo extremamente forte num movimento genuíno de reavivamento. A
Bíblia passa novamente a ser honrada como a única Palavra inspirada de Deus.
A reforma da igreja e o despertamento
espiritual estão intimamente ligados à busca que o povo tem da Palavra do
Senhor. O rei Asa "ordenou a Judá que buscasse o Senhor Deus de seus pais,
e que se observasse a lei e o mandamento" (2 Cr 14.4). Um reavivamento sem
a palavra fica sem norte, sem um rumo a seguir. Por isso, os grandes homens de
Deus em tempos de reavivamento, sempre conduziram o povo dentro das prescrições
das Santas Escrituras.
2. Experiência
aplicada da Palavra de Deus
Os ensinos da Bíblia não são verdades
que atingem meramente o intelecto, mas elas descem ao coração, fazendo com que
elas se evidenciem em matéria prática de vida. Nas palavras de Nettles,
"reavivamento é a aplicação da verdade da Reforma à experiência
humana."(7) Via de regra, um reavivamento genuíno vem com internalização
das doutrinas apreendidas pela Reforma. Uma igreja e uma comunidade atingidas
pelo Espírito de Deus possuem verdade descoberta na Reforma experiencialmente
crida e vivida pelos seus membros.
O reavivamento é a descida ao coração
humano da verdade de Deus que está clara na Escritura, por obra do Santo
Espírito. É a teoria tornada experiência. A maioria dos grandes despertamentos
espirituais mencionados na Escritura é uma preciosa combinação de verdadeira
reforma e reavivamento.
3. Desejo pelas
realidades eternas prometidas na Palavra de Deus
As pessoas atingidas pela obra do
Espírito passam a viver santamente, tendo seriedade com as verdades das
Escrituras como um todo e levam a serio o destino eterno delas. Um senso de
profundo arrependimento pelos pecados e anelos de santidade enchem o coração
dos atingidos pelo reavivamento. Isso diz respeito à vida dos crentes que até
então estavam amortecidos.
Com respeito à comunidade maior, aos
alienados da igreja, surge uma preocupação pelas coisas espirituais nunca
outrora vista. O espírito de seriedade para com o destino eterno dessas pessoas
é produto direto de uma ação de Deus nelas. Então, elas passam a buscar a
verdade e a ter um real desejo da salvação em Cristo. O evangelho lhes é
pregado, e muitos são trazidos a Cristo Jesus.
4. As pessoas são
impactadas por uma obra repentina de Deus
O VT está cheio de exemplos da atuação
especial de Deus na vida do povo. O texto de 2 Cr 29.36, dá-nos uma descrição
típica de um reavivamento, porque nos diz que Deus fez algo subitamente no
meio do povo. Um reavivamento não é provocado por nada neste mundo e,
freqüentemente, nem é esperado. Ele vem de repente, numa manifestação graciosa
do Todo-Poderoso. Ele simplesmente acontece! A igreja não pode criar
reavivamento. Ele é obra exclusiva de Deus, o Senhor.
Quando há esse impacto da obra do
Espírito de Deus na vida da igreja e da comunidade maior, os resultados
imediatos do reavivamento na vida da igreja e da comunidade são sentidos: senso
inequívoco da presença de Deus; oração fervente e louvor sincero; convicção de
pecado na vida das pessoas; desejo profundo de santidade de vida; aumento
perceptível no desejo de pregação do evangelho.
A Necessidade de
Reforma e Reavivamento juntos
Não há meio de se separar reforma de reavivamento.
São irmãos gêmeos nas grandes obras de Deus. Esta talvez seja a ênfase que mais
nos interessa neste momento, porque as muitas coisas que estão acontecendo no
meio da igreja necessitam de uma
definição como esta, que lhes faça plena justiça.
Quando falamos de crescimento de igreja
temos que olhá-lo como uma moeda com dois lados. De um lado é a Reforma; do
outro e o Reavivamento. A primeira traz a solidez e a pureza doutrinárias,
elementos essenciais para que a igreja cresça qualitativamente; a
segunda traz a verdade doutrinária extrema viva e ardente em nossos corações,
impulsionando o povo de Deus a uma vida limpa e de testemunho sincero e
voluntário da experiência vivida com Deus e a pujante proclamação da verdade da
Escritura, elementos absolutamente vitais para o crescimento da igreja. Isto
faz com que a igreja também cresça quantitativamente. Perceba que
os dois elementos, reforma e reavivamento, são entrelaçados e inseparáveis,
porque são causados pelo mesmo Deus. Não há volta à verdade sem Deus e muito
menos amor à verdade sem Ele. O curioso é que esses dois elementos estavam
presentes em todas os grandes movimentos da história do povo de Deus no VT, no
NT , na Reforma Protestante do século XVI, no período dos Puritanos, do
Pietismo e do Metodismo, além dos reavivamentos posteriores na Grã- Bretanha e
nos Estados Unidos.
Reforma e Reavivamento dizem respeito à
volta às antigas e sãs doutrinas e zelo ardente e cheio de amor por elas e pelo
povo de Deus. Não é disso que precisamos novamente? Ainda pairam dúvidas na
mente dos leitores sobre a necessidade dessa "dobradinha" de Deus,
reforma e reavivamento, para que haja o crescimento genuíno da igreja no
Brasil? Por que, então, continuar na ênfase de movimentos que não trazem
crescimento qualitativo? Isso não é justo para com o povo de Deus e, muito
menos, com o Deus desse povo, de Quem tanto precisamos!
Conclusão
A tônica tanto de reforma como de
reavivamento é vinculada à Palavra de Deus. A Palavra de Deus é referencial
tanto para uma coisa quanto para outra. A Escritura é a norma de conduta para
toda a igreja, e quando o Espírito a usa como a espada, ela causa tanto a
purificação da doutrina na reforma como a descida dessas verdades à experiência
cristã no reavivamento.
Portanto, embora reforma e reavivamento
sejam absolutamente necessários para a vida do povo de Deus, logicamente aquela
precede este. Cada um desses movimentos de per se não basta. É
necessário que um venha acompanhada do outro. Esse foi o caso de Asa, mas
sempre deverá ser a regra em todos os casos para que haja equilíbrio, sensatez,
e a verdade seja manifesta de uma forma experiencial.
Numa reforma sem reavivamento pode
haver uma exatidão dos conceitos, mas certamente haverá aridez no pensamento;
num reavivamento sem reforma, poderá haver o desequilíbrio emocional e o perigo
da distorção da verdade. Na verdade, estas coisas vêm juntas, inseparáveis,
como dois dons gêmeos de Deus para o enriquecimento do Seu povo. O poder de
Deus num reavivamento tem que ser experimentado à luz das próprias diretrizes
doutrinárias que têm origem numa reforma teológica e litúrgica sadias baseadas
na Santa Escritura.
Essas duas coisas absolutamente
necessárias para a vida sadia da igreja são causadas pelo Espírito Santo
mediante o uso de Sua Palavra. Perceba que é difícil estabelecer uma linha
divisória absoluta entre reavivamento e reforma. Por isso ambos devem andar
juntos e inseparáveis.
O que você pode fazer para que essa
dobradinha de Deus venha em sua vida? Comece a estudar a Escritura muito seriamente.
Leve em conta tudo o que Deus diz em Sua Palavra. De resto, continue em
compasso de esperança, mas fazendo o que fez Habacuque, dizendo
incansavelmente: Aviva Senhor a tua obra, ó Senhor, no decorrer dos
anos, e no decurso dos anos, faze-a conhecida; na tua ira, lembra-te da
misericórdia(Hc 3.2). Se curve diante de Deus e reconheça o poder de Deus
em sua vida e familia.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Reforma ou Reavivamento?Parte II
A que ponto pode chegar um povo sem a
bússola que lhes aponta o norte! Por essa razão havia uma enorme impiedade no
meio do povo. (Como conduzir um povo sem os principios da palavra?).
1. Para que haja verdadeira
Reforma a Palavra tem que ser redescoberta
Mas o Livro da Lei foi descoberto
"casualmente" pelo sacerdote Hilquias. Esta foi a missão do sacerdote
Hilquias: Então disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei
o Livro da Lei na casa do Senhor. Hilquias entregou o livro a Safã, e este o
leu (2 Rs 22.8).
O Livro da Lei estava perdido dentro
do próprio templo. Isso me faz lembrar da velha senhora que não lia a Bíblia porque havia
perdido os óculos, quando estes haviam sido deixados dentro da própria Bíblia.
Muitos ignoram a Escritura, quando ela está bem próxima deles, à disposição
deles nos lugares onde vivem e adoram.
Os chamados "crentes", se é
que são de Deus, têm que redescobrir o valor da Palavra de Deus. Para haver uma
reforma genuína, é condição indispensável que haja uma redescoberta do valor da
Santa Escritura.
2. Para que haja
verdadeira Reforma a Palavra tem que ser devidamente interpretada
Esta foi a missão da profetiza
Hulda: Ide, consultai o Senhor por mim, pelo povo e por todo o Judá,
acerca das palavras deste livro que se achou; porque grande é o furor do
Senhor, que se acendeu contra nós, porquanto nossos pais não deram ouvidos às
palavras deste livro, para fazerem segundo tudo quanto de nós está
escrito (2 Rs 22.13).
Percebam que o rei Josias queria saber
o significado correto daquilo que o Senhor havia escrito no Livro da Lei. Por
essa razão, os homens do rei foram enviados para a profetiza, para que ela lhes
dissesse o significado das palavras do Livro da Lei. A palavra da
profetiza ali era considerada cheia de autoridade, e ela sabia o sentido que o
Senhor queria dar às palavras. Não é importante somente ler a Escritura, mas
também entender o seu significado.
A situação da igreja hoje não é muito
diferente da situação dos tempos do rei Josias. É verdade que a Bíblia não está
escondida literalmente do mesmo modo como ficou no tempo de Josias, mas o seu
real sentido e sua real mensagem estão escondidos de muitos crentes hoje. As
pessoas têm a Bíblia à sua disposição, mas não conhecem o conteúdo real, nem
possuem a hermenêutica correta para a sua devida interpretação. A reforma de
uma igreja implica na redescoberta da Palavra de Deus. A conditio sine
qua non para que a igreja cresça é o conhecimento correto da verdade
de Deus. Os crentes, em geral, precisam redescobrir a verdade de Deus. Este é
um desafio que todos nós precisamos aceitar.
Todos hoje usam a Escritura para defender
os seus pressupostos. O grande problema, contudo, não é a citação da Escritura,
mas o modo como a abordamos. A tarefa hermenêutica da igreja é algo
supremamente determinante para o correto entendimento da verdade de Deus.
3. Para que haja
verdadeira Reforma a Palavra tem que ser urgentemente proclamada
Esta era também a tarefa da Profetisa
Hulda:
Ela (Hulda) lhes disse: Assim diz o
Senhor, o Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: Assim diz o
Senhor: Eis que trarei males sobre este lugar, e sobre os seus moradores, a
saber, todas as palavras do livro que leu o rei de Judá. Visto que me deixaram,
e queimaram incenso a outros deuses, para me provocarem à ira com todas as
obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar, e não se apagará
(2 Rs 22.15-17).
A distância da Palavra de Deus faz com
que um povo se afaste de Deus. Não é possível ter uma ética sadia sem que se
conheça a Palavra do Senhor que dita as normas de comportamento. Por essa
ausência da Palavra o povo estava prestes a receber o castigo de Deus. A
mensageira de Deus não teve nenhum constrangimento em trazer a verdade da Palavra
aos seus contemporâneos. Era uma mensagem dura, mas eles precisavam ouvir o que
Deus lhes tinha a dizer. A reforma proposta pela Palavra de Deus tem que ser
urgentemente proclamada por aqueles a quem Deus chama para serem ministros da
sua Palavra.
A missão de trazer de volta a Palavra
de Deus ao povo está na responsabilidade dos verdadeiros ministros da Palavra,
aqueles que lidam hoje com o ensino e com a pregação, que são os profetas de
Deus. Se os ministros negligenciarem o ensino e a pregação fiel daquilo que o
Senhor diz, jamais a igreja será Reformada.
4. Para que haja
verdadeira Reforma tem que haver arrependimento de pecados
Esta foi a tarefa de Josias:
Porquanto o teu coração se enterneceu,
e te humilhaste perante o Senhor, quando ouviste o que falei contra este lugar,
e contra os seus moradores, que seriam para assolação e para maldição, e
rasgaste as tuas vestes, e choraste perante mim, também eu te ouvi, diz o
Senhor (2 Rs 22.19).
Josias foi o primeiro a arrepender-se
de seu pecado de ignorância da verdade de Deus. O verso 19 foi dito ao rei
Josias, e o que aconteceu a ele, veio a acontecer ao seu povo. Foi um
arrependimento produto da obra do Espírito de Deus no rei e no seus súditos. (caro lider em nome
de Jesus chore agora e se arrependa e volte pra Deus, tudo pode ser mudado pelo
arrependimento).
Essas coisas não devem ser diferentes
hoje. A igreja de Deus tem que voltar-se para ele, tem que chorar o seu pecado
de ignorância da Santa Escritura. Somente quando houver verdadeiro
arrependimento é que a Reforma terá sido eficazmente processada.
Não há crescimento quantitativo nem
qualitativo da igreja sem que haja a redescoberta da verdade
de Deus, sem que haja a interpretação correta da Palavra de
Deus, sem que haja a proclamação fiel dela e o
conseqüente genuíno arrependimento de pecados, como produto
das três primeiras proposições.
O crescimento genuíno da igreja está
vinculado a estas reformas que a Palavra de Deus traz. É tolice pensar em
crescimento da igreja sem que a base ou o fundamento estabelecido pelos
apóstolos e profetas seja devidamente redescoberto, interpretado, proclamado e crido.
Sem estas coisas há o inchaço, não o genuíno crescimento da igreja.
O segundo grande acontecimento da vida
do povo de Deus adveio da reforma da teologia:
B. A Reforma da
Teologia conduz à Reforma da verdadeira adoração
Uma teologia sadia leva à prática
sadia. Nos tempos de Josias o culto estava deturpado por causa de uma teologia
destituída da verdade da Palavra de Deus. Este é o resultado natural mesmo nos
dias de hoje. Quando se abandona o ensino da Escritura, quebram-se os padrões
de comportamento de um povo, inclusive os elementos constituintes da verdadeira
adoração.
Depois da descoberta, da interpretação
correta e da proclamação da Palavra de Deus, e o conseqüente arrependimento da
liderança do povo, houve algumas alterações muito preciosas no culto que o povo
passou a prestar a Deus:
A primeira atitude tomada pelo rei
Josias foi convocar todo o povo para que subisse à casa de Deus, para ouvir a
leitura do livro da Palavra de Deus que fora encontrado por Hilquias (2 Rs
23.2). Após ouvirem a leitura, o rei e todo povo se dispuseram a seguir a
Palavra do Senhor de todo o coração e de toda a alma. A beleza dessa atitude, é
que o povo se dispôs a obedecer a todas as palavras, e não somente
aos textos que combinavam com o que eles pensavam (2 Rs 23.4).
O resultado principal dessa disposição
de obediência, após ouvirem a leitura e a interpretação correta da Palavra, foi
a reforma do culto. O culto é essencial para a vida da igreja. Não pensem os
caros leitores que o culto é de somenos importância. É no culto que ensinamos e
aprendemos. Nos hinos e nos coros é que somos mais indelevelmente marcados
doutrinariamente. Portanto, o culto tem uma importância fundamental para a
nossa fé. Nesse caso, podemos afirmar categoricamente que, em razão de muitas
coisas que estamos percebendo nas reuniões de nossas igrejas, a reforma do
culto é extremamente necessária para a vida sadia da igreja cristã.
Para que haja a restauração da
verdadeira adoração à luz da verdade bíblica, algumas providências têm que ser
tomadas:
1. A eliminação do
que é errado do culto
Estas atitudes do rei foram muito
duras, mas extremamente necessárias. Provera a Deus que as autoridades
eclesiásticas tivessem a mesma santa energia para tomar as providências
necessárias para sanar os males existentes na presente adoração cristã, para o
benefício do povo de Deus, e para a honra dele.
· ·
1a. A eliminação dos sacerdotes que ministravam no culto pagão (2 Rs
23.5)
Está evidente do texto sagrado que a
atitude extrema do rei Josias com relação aos sacerdotes idólatras, isto é, a
sua eliminação do meio do povo de Deus (2 Rs 23.20), não está em consonância
com o espírito do tempo presente, mas ao menos podemos dizer que temos que
reagir fortemente aos homens que tentam implantar algo que não combina com o
que Deus prescreve na Sua Palavra com respeito ao culto. Não se pode ficar
passivo quando está em jogo o verdadeiro culto a Deus.
O que Josias fez com relação aos
sacerdotes que não cultuavam verdadeiramente a Deus é algo que as autoridades
eclesiásticas deveriam fazer. Os ministros infiéis no serviço do culto deveriam
ser destituídos de sua função por não obedecerem os padrões gerais devidamente
estabelecidos pela Escritura. Há muitos ministros que fazem o que bem entendem
e ninguém lhes põe a mão. Andam à vontade, gesticulam como lhes agrada e agem
como agrada ao povo. A falta não é somente dos que erroneamente inovam no
serviço divino, mas também daqueles que fazem vista grossa ou que não possuem a
devida coerência e noção de disciplina cristãs para destituírem esses ministros
de suas funções.
· ·
1b. A eliminação dos objetos e utensílios usados no culto pagão (2 Rs
23.4,6,7)
Tudo o que é estranho ao culto do
Senhor deve ser eliminado dos lugares de verdadeira adoração. Deus deveria ser
adorado com os instrumentos prescritos por Ele próprio. Era assim a regra para
os cultos prescritos na Escritura do VT. Todos os objetos que eram estranhos ao
culto divino, por pertencerem aos cultos de deuses estranhos, deviam ser
terminantemente abolidos do templo e das atividades cúlticas.
Hoje, nos tempos da adoração cristã,
devemos ter o mesmo cuidado e o mesmo zelo. Não existe a idolatria nos mesmos
moldes daquela época, mas há coisas que se evidenciam bastante estranhas ao
culto de nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo. Não me refiro simplesmente a
objetos como os mencionados no texto analisado, embora os leitores já tenham
ouvido de lenços ou copos de água serem ungidos, ou ainda óleo trazido de
Israel servindo de amuleto para a cura de muita gente, ou ainda vinho de
Israel, e coisas que tais. Com relação ao culto, então, há a introdução de
elementos estranhos que são uma imitação clara daquilo que é usado para as mais
loucas manifestações musicais de que se tem notícia em todas as épocas, músicas
essas que servem não só para o entretenimento, mas também para manifestações
cúlticas ligadas ao maligno. Certamente há algumas coisas que precisam ser
revistas em nossa adoração hoje. O problema não é de simples inovação, mas
também é de desprezo ao que é antigo, um desprezo à história, ao que nossos
ancestrais na fé nos legaram, que podem perfeitamente ser preservados. Da mesma
forma que no tempo de Josias os sacerdotes se esqueceram das prescrições
antigas, assim os de hoje se esquecem, também.
· ·
1c. A eliminação dos altares que eram usados para o culto pagão (2Rs
23.8-15)
Josias também aboliu as cerimônias
pagãs que campeavam em todo o seu reino. Num tempo assim, as reformas tinham
que ser drásticas. Não havia meio de se suportar elementos dos cultos pagãos
misturados com o santo culto divino.
As reformas propostas por Josias foram
radicais e, conseqüentemente, benéficas para todo o povo. Antes de reimplantar
o que era santo, Josias teve que eliminar o que era impuro. Esta era uma
atitude óbvia. Não há modo de se implantar o certo sem retirar o errado.
É assim que a igreja de Cristo tem que
proceder. Não podemos mais tolerar aqueles que querem permanecer no nosso meio
alterando aquilo que é certo pelo errado, e ainda colocando-nos na posição de
errados, como se estivéssemos na qualidade de "coisas antigas",
coisas ultrapassadas. Antigüidade não é sinônimo de obsolescência. Se assim
fosse, o que haveríamos de fazer com o evangelho? Se o problema é a importação
de cultura estrangeira a americanização ou a europeização em nosso culto, temos
de abandonar a cultura judaico-cristã, que tanto influenciou a nossa maneira de
pensar e de cultuar a Deus. O que é estranho ao culto cristão tem que ser
tirado, não as influências benéficas que recebemos de outros povos que nos
trouxeram o santo evangelho.
2. A restauração do
que é certo no culto divino
Na reforma do culto, não houve a
necessidade de inovação, mas da restauração daquilo que era antigo e
verdadeiro. Essas coisas precisavam ser trazidas de volta. Eles haviam se
esquecido das santas prescrições, das ordenanças antigas da Palavra de Deus.
Josias ordenou a volta da celebração cerimoniosa da Páscoa, o ritual que lhes
lembrava a redenção! (2 Rs 23.21-22) Aquele momento de culto foi o mais
significativo de todas as celebrações desde os dias dos juizes de Israel. Eles
celebraram a páscoa do Senhor conforme estava prescrito no livro do Pacto, que
provavelmente era o Pentateuco. As celebrações cúlticas devem sempre ser de
acordo com as regras de Deus: há preceitos gerais estabelecidos, há regras a
serem obedecidas. E elas são bem antigas. Tudo deveria ser feito com ordem e
decência, para que o Senhor fosse honrado pela maneira dos homens Lhe
cultuarem. Será que hoje tem que ser diferente?
Uma reforma, contudo, tem que ser
acompanhada de um verdadeiro espírito de amor a Deus e de serviço cristão. A
Reforma do séc. XVI não foi uma mera purificação teológica ou litúrgica, mas
ela foi acompanhada e seguida de um doce espírito de amor a Jesus Cristo, o
Salvador, e um grande amor pelos pecadores ignorantes. Milhares de milhares
foram trazidos a Cristo naquela época. O Santo Espírito varreu aquelas regiões
onde a Reforma chegou. Sem dúvida, foi um tempo de grande reavivamento
espiritual.
Um período de reavivamento
costumeiramente é precedido de um período de reforma. Um reavivamento sem
reforma pode trazer distúrbios teológicos muito grandes, assim como uma reforma
sem reavivamento pode ser comparado ao que aconteceu à igreja de Éfeso, que
possuía solidez doutrinária, mas sem o primeiro amor (Ap 2.2-4).
A Escritura inspirada tem exemplos
dessa natureza. Um deles é o acontecido nos tempos do rei Asa. A reforma que
veio ao povo de Israel nos tempos do rei Asa durou algum tempo antes do
reavivamento começar. Primeiro Asa fez as reformas religiosas instando o povo a
buscar a Palavra do Senhor (2 Cr 14.4), fazendo também a reforma do culto (como
no tempo de Josias), que constou da derrubada dos altares (2 Cr 14.3, 5). Após
essa reforma que trouxe prosperidade ao povo (2 Cr 14.6-7) e vitória sobre as
outras nações inimigas (2 Cr 14.9-15), começou o despertamento espiritual do
povo, a começar do rei.
Este orou humildemente ao Senhor confessando
a impotência deles e o poder ilimitado de Deus (2 Cr 14.11). A reforma pode
começar com o apego à Lei de Deus, que leva aos atos de retidão, mas o
reavivamento começa no coração das pessoas com o senso de sua própria
impotência e o conseqüente reconhecimento do poder de Deus. Por isso é dito que
Asa "clamou ao Senhor". Estas não são palavras jogadas ao vento. Elas
expressam o grito inquieto de um coração anelante de Deus e reconhecimento que
de Deus vêm todas as coisas, e que a Ele deve ser dada a glória de todas as
coisas. O reavivamento do tempo de Asa também foi vinculado à Palavra de Deus
que veio ao povo. Isto aconteceu através do profeta Azarias (2 Cr 15.1). Após a
palavra profética de Deus, houve grande alegria no meio do povo, porque eles
aprenderam que Deus manda reavivamento não somente quando o povo está abatido,
mas também quando o povo está cheio de vitórias e de coragem (2 Cr 15.1-19).
II. A Necessidade
de Reavivamento para o Crescimento da Igreja
A palavra "Reavivamento" soa
mais docemente aos ouvidos dos crentes hoje por causa dos santos anelos de
vigor espiritual que muitos crentes realmente possuem, mas infelizmente, esse
termo tem sido usado impropriamente por alguns advogados aficionados ao movimento
do crescimento da igreja. Precisamos desesperadamente de um reavivamento
genuíno, e é por isto que verdadeiramente oramos. Sem ele, a igreja do tempo
presente, sob muitas pressões teológicas e litúrgicas estranhas de todos os
lados, está destinada ao amargamento ou ao conservadorismo árido, do qual todos
nós queremos ficar longe.
Definição de
Reavivamento
Uma definição de reavivamento pode ter
várias conotações, dependendo do ângulo abordado. Uma reavivamento tem tantas
facetas maravilhosas, que poucos podem defini-lo exaustivamente.
O historiador da igreja James Buchanan
disse que "reavivamento é a comunicação da vida àqueles que estão mortos,
e a comunicação da saúde àqueles que estão moribundos."(5) Esta é uma
idéia absolutamente correta, mas reavivamento vai muito mais além disso.
Alguns têm confundido reavivamento com
campanhas evangelísticas ou com conferências missionárias. Essas coisas são
organizadas pelos homens e Deus pode abençoá-las ou não. Um reavivamento também
não é um movimento onde muitas pessoas se encontram para um entretenimento
religioso, para que multidões fiquem delirantes com as músicas cantadas e
loucamente executadas pela parafernália instrumental muito comum hodiernamente,
levantando as mãos como sinônimo de adoração verdadeira. Estas coisas atingem
somente um grupo de interessados e amantes das coisas que são apresentadas.
Diferentemente de tudo isso, reavivamento é algo provocado pelo Santo Espírito,
não o produto daquilo que os homens fazem. Reavivamento é uma onda do Espírito
que varre sem que alguém tenha domínio sobre o que Ele faz.
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Reforma ou Reavivamento? Parte I
De uns poucos anos para cá, quase da
noite para o dia, se compararmos à idade do cristianismo, alguns setores da
igreja evangélica têm sido tomados de um desejo incontido de crescimento a
qualquer custo. O Movimento de Crescimento de Igreja (1) tem surgido em toda a
sua força, e o crescimento tem sido exigido a qualquer preço. Por essa razão,
uma coletânea enorme de metodologias e técnicas tem sido empregada para que o
sucesso da igreja apareça.
O mais lamentável é que o crescimento
de algumas igrejas locais tem sido conseguido às custas do sacrifício da
verdadeira doutrina e do abandono de uma liturgia sadia. Com isso, os templos e
os salões têm ficado lotados em suas reuniões. Como a evangelização moderna tem
sido antropocêntrica(voltada para o prazer do ser humano), dizendo ao ouvinte
aquilo que se pensa que o incrédulo quer ouvir, também a forma do culto tem
sido elaborada de modo a atrair pessoas para adorar a Deus. A adoração moderna
é planejada para atrair pessoas (os consumidores de música contemporânea) ao
invés de ser promovida para que as pessoas levantem os olhos para o céu para
cultuar corretamente o verdadeiro Deus. Ao invés de prepararmos pessoas para
serem membros do sacerdócio real, da nação santa, povo de propriedade exclusiva
de Deus, para aprenderem sobre o verdadeiro Deus e a vida eterna em Cristo
Jesus, estamos estimulando essas pessoas a apurarem o paladar por aquilo que o
entretenimento moderno já lhes apresentou. Antes que verdadeiros adoradores,
estamos vendo pessoas preocupadas com o consumo musical e litúrgico, querendo
ouvir o que lhes agrada, e não o que agrada a Deus.
Se perguntarmos aos proponentes do
Movimento de Crescimento de Igreja, "Por que muitas pessoas hoje não
freqüentam aos cultos?" A resposta pronta será: "porque a mensagem e
as músicas não são apresentadas ao gosto do público. Nada é feito para que o
público seja atraído aos cultos". A culpa toda recai sobre a falta de
atualização ou contextualização da adoração cristã. Então, no afã de se ter a
igreja lotada, tudo é formulado para agradar aos freqüentadores em potencial.
Esse é o método que os ministros ansiosos por sucesso logo buscam. Mas eles se
esquecem de que as pessoas não adoram a Deus porque não o amam verdadeiramente,
nem têm qualquer disposição para com o verdadeiro Deus, por causa da sua
natureza pecaminosa, que é oposta a Deus. Elas amam a si mesmas e querem ser
agradadas naquilo de que participam, quando Deus é quem deveria ser amado e
agradado no culto que lhe prestamos.
Atualmente, muitas pessoas, inclusive
membros de igreja, não estão dispostas a usar a mente, o corpo, a alma, enfim
todo o seu ser, numa congregação onde existe um sólido ensino da sã doutrina,
uma pregação expositiva fiel da Santa Escritura e uma adoração racional e
reverente. Elas preferem uma reunião em que a Palavra é deixada de lado, mas o
"louvor" é a tônica, num encontro de fato movimentado, ao paladar do
tempo presente. Não há o verdadeiro compromisso com o reino de Deus, mas ainda
assim, o crescimento da igreja é a maior preocupação do movimento que utiliza
esse nome, mesmo que seja com o prejuízo de elementos fundamentais da
verdadeira adoração e da sã doutrina.
O Movimento de Crescimento de Igreja
tem se concentrado numa forma de culto ao gosto do espírito de nosso tempo e de
uma evangelização barata, ao invés de ser o produto da obra soberana do
Espírito de Deus no meio do seu povo, e dum posicionamento correto do seu povo
para com a Palavra de Deus.
Contudo, todos os cristãos sensatos
entendem que a igreja deve crescer qualitativa e quantitativamente. Qual é,
então, o modo pelo qual uma igreja deve crescer? Precisamos de uma reforma ou
de um reavivamento?
Esta pergunta não é a forma correta de
levantar a questão. É absolutamente certo que precisamos de ambos em nossa
igreja contemporânea. Estas duas coisas têm que andar necessariamente juntas.
Do contrário, o reavivamento será um fracasso em termos de correção da verdade
e a reforma poderá ser um fracasso porque a verdade poderá ser apresentada com
aridez doutrinária. Portanto, há que se ter em mente as duas coisas para o bom
andamento da igreja de Deus no final deste segundo milênio.
Vejamos a necessidade tanto da reforma
quanto do reavivamento para o crescimento de nossas igrejas:
I. A Necessidade de
Reforma para o crescimento da Igreja
Aqueles de nós que valorizam os
acontecimentos espirituais extraordinários ocorridos durante a Reforma no séc.
XVI, anseiam tê-los repetidos na igreja do tempo presente. Juntamo-nos a J. I.
Packer que disse:
A palavra Reforma é
mágica para o meu coração, assim como estou certo que é para o de vocês. Quando
vocês falam em Reforma, imediatamente pensam naquele heróico
tempo do séc. XVI, quando muitos eventos momentâneos aconteceram e que ainda
brilham ardentemente em nossa imaginação.(2)
A Reforma foi um movimento histórico do
séc. XVI, mas ela precisa acontecer de novo, sempre que necessária, na vida da
igreja. Precisamos desesperadamente dela outra vez em nossas igrejas, porque
estamos em tempo de confusão doutrinária, tempos de vacilação teológica, tempos
de incerteza cúltica. Alguns ministros, porém, nem sequer sonham com uma
reforma novamente. Provavelmente, eles acreditam possuir razões teológicas para
essa posição.
Para tristeza nossa, o nome
"Reforma" levanta suspeitas na mente de alguns ministros que querem o
crescimento de igreja a qualquer custo, porque o nome "Reforma"
relembra um estudo sério da Palavra, compromisso inequívoco com o reino de
Deus, rompimento
com o erro e com a falsa adoração. A idéia de reforma não é bem-vinda
porque vai exigir dos ministros um estudo sério das suas posições, uma
reavaliação da sua conduta litúrgica e teológica. Foi isto que a Reforma
Protestante exigiu dos ministros de Deus no séc. XVI. E nós estamos longe daquilo
que foi proposto no passado. Não obstante a opinião deles, temos que dar uma
grande ênfase à necessidade de verdadeira reforma na vida da igreja
contemporânea. Muitas coisas da Reforma histórica já foram esquecidas e
deixadas de lado. Temos que resgatar a nossa herança Reformada e trazer de
volta as belas coisas perdidas.
Definição de Reforma
Reforma é a descoberta da verdade
bíblica que conduz à purificação da teologia. Ela envolve a redescoberta da
Bíblia como o juiz e o guia de todo pensamento e ação; ela corrige os erros de
interpretação; ela dá precisão, coerência e coragem para a confissão
doutrinária; ela dá forma e energia à adoração corporativa do Deus triúno.(3)
É disto exatamente que precisamos para
que a verdade de Deus seja honrada e o povo de Deus devidamente instruído.
Quando Lutero foi confrontado com a verdade de Deus, ele nunca mais a
abandonou. Mesmo quando ameaçado pelas autoridades religiosas do seu tempo,
apegado ao paradigma da verdade de Deus, Lutero dizia:
A menos que vocês provem para mim pela
Escritura e pela razão que eu estou enganado, eu não posso e não me retratarei.
Minha consciência é cativa à Palavra de Deus. Ir contra a minha consciência não
é nem correto nem seguro. Aqui permaneço eu. Não há nada mais que eu possa
fazer. Que Deus me ajude. Amém.(4)
O norte de uma reforma dentro da
igreja de Deus está, inquestionavelmente, relacionado à volta aos princípios
sadios de fé e prática, propostos pela Santa Escritura. A fé tem que ser
fundamentada numa consciência cativa à Palavra, para que a verdadeira reforma
aconteça em nosso meio.
Ao invés de analisarmos o evento da
Reforma do século XVI, que alguns tomam como sendo simplesmente um evento
humano, analisaremos uma reforma descrita na história inspirada da redenção,
que teve exatamente as mesmas características da Reforma do séc. XVI, porque
ambas foram causadas pelo mesmo Deus, o Espírito.
O exemplo bem claro do que acabamos de
dizer está registrado na Escritura em eventos ocorridos no tempo do rei Josias
(2 Rs 22), que passo a analisar:
A. A redescoberta da
verdade de Deus conduz à Reforma da teologia
Há períodos na vida da igreja em que a
verdade de Deus fica escondida, ocasionando aridez, sequidão e distância de
Deus. Um exemplo bem típico disto está na história da igreja do VT, nos tempos
do rei Josias. Naqueles dias, os homens andavam às apalpadelas, sem o
conhecimento da lei do Senhor, que lhes estava encoberta.
Ela estava escondida porque os homens
ignoravam a verdade da Escritura. As pessoas comuns do povo nem sabiam da
existência do Livro da Lei. E essa ausência da Palavra causa a distância de
Deus.
Ela estava escondida por
falta de interesse na Palavra. O povo ignorava a Lei de Deus porque a liderança
não estava interessada nela. ( Se voce lider não ficar interessado coitado de quem voce lidera) Se estivesse, ela
procuraria uma cópia da Lei para dar ao povo, mas não havia qualquer interesse,
da parte da classe dominante, em que as coisas fossem mudadas. A Lei de Deus,
porém, quando levada em conta seriamente, causa mudanças nos paradigmas de um
povo. Imaginem como os sacerdotes da época poderiam conduzir o povo de Israel
sem o código de fé e prática. quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Gerando uma Família no Modelo da Palavra
quarta-feira, 28 de março de 2012
Páscoa:Eis o Cordeiro-Parte 1
INTRODUÇÃO
A páscoa foi um fato histórico que também teve um cumprimento histórico. Sua comemoração foi ordenada por Deus pois, o que aconteceu no Egito deveria ser inculcado na cabeça e no coração das futuras gerações do povo de Senhor. Não é uma comemoração restrita a Israel mas sim, a todos os adoradores principalmente, para nós cristãos, pois:
- O que aconteceu no Egito prefigura o que viria acontecer com Jesus Cristo;
- Com a morte e ressurreição de Jesus a anunciação profética foi cumprida;
- (Todavia, esse cumprimento não significa não haver mais a necessidade de comemorá-la haja vista que, no livro de Êxodo encontramos as seguintes orientações: a) “E este dia vos será por memória, e celebrá-lo-eis por festa ao SENHOR; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.” Ex. 12: 14 b) “Guardai pois a festa dos pães ázimos, porque naquele mesmo dia tirei vossos exércitos da terra do Egito; pelo que guardareis a este dia nas vossas gerações por estatuto perpétuo.” Ex. 12:17 - Estatuto perpétuo é para sempre, a páscoa é uma mensagem perpétua.
- A ira e o julgamento Divino são reais, Deus visitou o pecado no Egito;
- O salário do pecado é a morte por isso, negligenciá-lo é perigoso;
- Deus provê livramento para aqueles que são Seus;
- Sem sangue não há salvação e;
- O cordeiro seria enviado…
2 – CELEBRAR A PÁSCOA É RECORDAR
- Independentemente do tempo, quando de sua celebração, os judeus recordariam que foi Deus quem exerceu juízo sobre o Egito…
- Sua celebração traz a memória como era ávida dos hebreus no Egito…
- Sua celebração traz aos ouvidos o som silencioso das lágrimas derramadas…
- Faz-nos recordar a dor e o perigo da vida sem Jesus. Se estamos hoje do lado de cá do Jordão, é porque do lado de lá não era bom…
3 – PÁSCOA SEM CORDEIRO NÃO É PÁSCOA.
Há uma estratégia usada pelo diabo para remover o sentido da revelação pois, cada marco, símbolo e as festas do Senhor trazem em si um ensino profético. Por isso Satanás utiliza a tática da SUBSTITUIÇÃO.
- A serpente de bronze erguida por Moisés Nm. 21:9 anos à frente seu propósito foi substituído sendo a mesma adorada. 2Reis 18:4 (Ezequias)…
- Durante o caminhar da história para muitos, Cristo foi substituído pela Cruz…
- Emanuel, cujo significado é Deus conosco, deu lugar a Noel…
- O cordeiro que era tão aguardado e para nós, olhando para traz, pois o que fora predito foi cumprido, alvo de eterna gratidão, foi substituído pelo COELHO - “E o coelho, porque rumina, mas não tem as unhas fendidas; esse vos será imundo;” Lv. 11:5
quarta-feira, 21 de março de 2012
Nossos Eventos 2011
10ºCongresso de Mulheres-Mulheres de Honra
3ºCongresso de Crianças
Festa da Pascoa
Gerando uma Família no Modelo da Palavra
“... sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.” (I Timóteo 4:12)
As maravilhas de Deus, as manifestações do poder de Deus, vão alcançar o seu lar de tal maneira, que o seu testemunho familiar começará a correr pela vizinhança. Todos celebrarão quando virem Deus cumprindo,
diante dos seus olhos, os milagres prometidos, tanto na vida pessoal, familiar, financeira, institucional. Deus ama Família e Ele vela por Suas promessas para cumpri-las. Se você O buscar, Ele satisfará o desejo do seu coração, como está escrito em Salmo 37:4. “Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração.”2012, ANO DO GOVERNO DE DEUS . O Ano do meu MILAGRE! É a direção de Deus na minha direção, o caminho que Deus abriu para me abençoar, para abençoar a minha Família. Será o ano mais notável de toda a sua vida, de toda a sua casa.“E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva temporã; fará descer a chuva no primeiro mês, a temporã e a serôdia. E as eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de mosto e de azeite.” (Joel 2:23)
terça-feira, 20 de março de 2012
A FAMÍLIA DEBAIXO DO SANGUE
“O sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; quando Eu vir o sangue não haverá entre vós praga (…)”Êxodo 12:13.
Israel estava gemendo debaixo de um amargo cativeiro no Egito. A chibata do inimigo, o trabalho forçado e a falta de esperança tornavam a vida deles um pesadelo. Deus viu a aflição do povo, ouviu o seu clamor e desceu para libertá-lo. Por intermédio de Moisés, o Senhor demonstrou Seu poder àquela terra repleta de deuses, desbancando do panteão egípcio suas divindades pagãs. As dez pragas que vieram foram ações do juízo divino àquelas divindades. A libertação, entretanto, deu-se somente na noite da Páscoa. Um cordeiro tinha de ser imolado e seu sangue passado nos batentes das portas. Onde não houvesse o sangue do cordeiro, o primogênito seria ceifado. Os hebreus obedeceram a ordem de Deus e quando o anjo de Deus passou pelo Egito, a morte não entrou nas casas que estavam debaixo do sangue. Os hebreus foram salvos não por suas virtudes, mas pelo sangue. De igual modo, hoje, somos salvos não pelas nossas obras, nem pelos nossos predicados morais, mas pelo Sangue do Cordeiro imaculado que tira o pecado do mundo. Sua família já está debaixo do Sangue de Jesus?
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Pedra-Significado e Utilidade
PEDRA
1 – símbolo da presença de Deus
O altar de pedra das igrejas cristãs é símbolo da presença de Deus, como já o eram as pedras, que Jacó (um dos grandes patriarcas bíblicos: Abraão, Isaac e Jacó) erigiu como altar (uma pedra sagrada, o texto original se encontra em Gênesis 28, 16s) em Betel.
Pedra que sustentava em Jerusalém a arca da Aliança (onde estavam guardadas as tábuas da Lei, os Dez Mandamentos da lei de Deus, ou seja, a representação simbólica do próprio Deus-Javé). As leis foram gravadas em pedra como sinal da perenidade da Aliança entre a divindade e o humano.
3 – símbolo de altar restaurado
Pedras foram erguidas representando as doze tribos de Israel santificadas nas proximidades do altar (livro do Êxodo 24, 4; 28,10).
4 – símbolo de santidade
Com pedras não talhadas edificam-se altares mediante os quais Deus santifica a terra (confira Êxodo 20, 25). A diferença entre pedra sagrada e pedra memorial não aparece muito nítida nos textos bíblicos. As que recordam a Aliança selada entre Deus e o seu povo tem um caráter mais venerável (confira Josué 4, 7; 24, 26). Ou seja, não há idolatria, o uso das pedras sagradas perdurou na história dos patriarcas bíblicos.
Com o passar do tempo os altares de pedra foram substituídos por outro tipo de material, principalmente, a madeira. O exigido pela Igreja foi que, caso fosse confeccionado de madeira, abrissem uma talha na mesa (altar) e colocado uma pedra simbolizando o próprio Deus (Cristo).
5 – símbolo do sangue do sacrifício
Como o passar do tempo deveria escorrer pela pedra e chegar ao chão (a terra principio de tudo; barro ou lama de onde o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus). Por isso, os altares deveriam ser de pedra ou de madeira, contanto que tivesse a “pedra fundamental”. Atualmente essa prática não é mais obrigatória. As mesas ou altar do sacrifício vai, de acordo com a cultura, a estética, enfim da realidade de cada igreja
6- simbolo de pão
Pedra está ligada a “pão”, alimento: Jesus é tentado para que transforme as pedras em pão.
PEDRAS e suas utilidades
Construir prédios
Construir casas
Fazer grandes construções
Faz cimento
COM TANTA UTILIDADE USAMOS AS PEDRAS PARA DESTRUIR QUEM PECOU mesmo Jesus dando o exemplo a igreja matou Estevão a pedradas...
Jesus: A Pedra Rejeitada pelos Construtores
No meio destas discussões (Mateus 21:42), Jesus citou a profecia de Salmo 118:22-23 – “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isto procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos.” Esta profecia do salmista e uma referência semelhante em Isaías 28:16 se tornaram pontos importantes na pregação apostólica. Além de três dos relatos do evangelho incluirem o comentário de Jesus (Mateus 21:42; Marcos 12:10 e Lucas 20:17), pregadores como Pedro e Paulo desenvolveram e aplicaram o mesmo tema.
Nas construções antigas, a pedra angular era a pedra de esquina (CENTRAL) que servia para alinhar toda a construção. A escolha de uma boa pedra facilitaria a construção conforme a planta. Uma pedra fora de esquadria resultaria numa construção errada. Os construtores de Israel julgavam Jesus uma pedra inadequada para o tipo de construção que eles queriam. Deus o julgou perfeito para edificar a igreja conforme a planta divina.
Jesus: A Pedra Eleita e PreciosaPedro fez a aplicação direta quando repreendeu os líderes em Jerusalém: “Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular” (Atos 4:11). Algumas décadas depois, ele usou o mesmo princípio para frisar a importância da santidade dos cristãos (1 Pedro 2:4-10). Ele mencionou a rejeição da pedra angular pelos descrentes, mas fez seu apelo aos crentes. Para os servos do Senhor, a mesma pedra é “eleita e preciosa”.
Os Cristãos: Pedras que VivemBaseado neste princípio da preciosidade da pedra angular, Pedro disse aos cristãos: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9). Paulo fez a mesma aplicação deste tema: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor” (Efésios 2:19-21).
Por terem uma relação especial com a pedra angular, eleita e preciosa, os cristãos devem viver de maneira distinta do mundo: “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pedro 2:4-5).
A Pedra Rejeitada HojeNa época de Jesus, Pedro e Paulo, a maioria dos líderes religiosos – mesmo aqueles que afirmavam servir a Deus – rejeitaram o próprio Senhor. Eles queriam construir suas congregações e movimentos conforme as suas próprias idéias, enfatizando alguns princípios da palavra de Deus e ignorando outros. As tradições destes líderes, muitas vezes, tomou o lugar da verdade revelada por Deus. Há muitos construtores no mundo religioso atual. Líderes religiosos procuram construir igrejas e iniciar e manter movimentos religiosos. Em todos os casos, devemos avaliar estas construções para ver como tratam a pedra angular escolhida por Deus. É triste observar que muitos dos construtores hoje imitam os religiosos que rejeitaram Jesus há 2.000 anos. Rejeitam o Senhor e a palavra dele e estabelecem outras bases que se tornam sagradas.
Quanto mais tempo a pedra fica dentro do rio mais ela quebra as pontas e todos vocês devem mergulhar no rio de DEUS para ser mais fácil de ser usado..ALELUIA
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